sexta-feira, 11 de março de 2011

Dica de site:

Está correndo atrás do tempo  perdido para passar nos no vestibular ,concurso público ,escolas técnicas?
Uma boa opção de fonte de estudo é o site da PCI. Onde você consegue fazer uma bateria de exercícios e testar seus conhecimentos online,mas cuidado , nem todas as respostas são confiáveis.Confira sempre que tiver dúvida a sua gramática e leia os comentários!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Funções da Linguagem


São dois os principais tipos de linguagem a verbal (oral e escrita) e a não-verbal ( visual). Atráves da linguagem podemos criar uma mensagem que nos permite a comunicação com o mundo. Nessa comunicação que se dá através da linguagem podemos expressar várias finalidades: informar, persuadir, emocionar, dentre outras.
A função da linguagem dependerá do objetivo da comunicação e pode ser: apelativa, emotiva, fática, metalingüística, poética...

O linguista russo Roman Jakobson elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são:

1. Função referencial ou denotativa:
Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.

Por exemplo:

“Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.


2.Função emotiva ou expressiva:
O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa (eu). A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas,letras de músicas românticas ou narrativas de teor dramático ou romântico.


 Veja na letra de música abaixo um exemplo do uso da função emotiva da linguagem :

Vento No Litoral

Legião Urbana


Composição: Renato Russo
De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras


Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...


Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?


Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...


Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...


Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...


Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...



Cite em comentários os traços linguíticos da função emotiva  presentes nesta canção

3.Função conativa ou apelativa:
O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem , sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Vejo o exemplo da campanha da marca Coca-Cola :
 
Observe o uso do verbo viver no imperativo



O uso dos verbos no imperativo é um forte recurso das propagandas, mas a parte visual é predominante. O uso de pessoas famosas faz toda diferença na hora de conquistar o consumidor,o apelo visual aqui vale mais do que 1.000 palavras!


4. Função metalinguística:
 Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo.

Veja:

Pegue um jornal.
Pegue uma tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pensa dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Depois, recorte cuidadosamente todas as palavras que formam o artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Seguidamente, tire os recortes um por um.
Copie conscienciosamente pela ordem em que saem do saco.
O poema será parecido consigo.
E pronto: será um escritor infinitamente original e duma adorável sensibilidade, embora incompreendido pelo vulgo.


Este poema, intitulado “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.

5. Função fática:
 O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

6. Função poética:
O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras , jogo de imagens ou ideias, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa.

Poema: A Rosa de Hiroshima

Bomba de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
                                                            Vinícius de Moraes

Essas funções não são exploradas isoladamente, de modo geral, ocorre a superposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto.


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Reticências - Fotograma


Xis, querida; diz xis!
As fotos e o filme da vida da gente
Pedro junta todas as fotos numa caixinha de chocolate com gosto de menta. Se é praia azul num mar do Mediterrâneo, ou a cadeira vazia do bar néon que frequenta em Santa Cecília. Tem dia de sol, salgado. Noite de ISO 800, por causa da saudade. Gosto da série "ampulheta", cliques do mesmo vento, visto do mesmo ângulo, em sete anos diferentes. Uma das fotografias está rasgada em duas. Na primeira parte, uma boca de mulher. Na outra, um nariz. Difícil dizer se é de homem. Daí, penso em amor livre. E me engano: os três pontinhos marcados com Bic deixam claro que amor é sempre reticências. Boas fotos não dizem tudo. Hipnotizam, mas o tempo não é infinito. Meu vô morreu pouco depois. Sem óculos. Eu não disse nada. "Xis, querida; diz xis". Brisa ficou sem chão. Entendeu que o sorriso era para nunca mais. Nunca mais daquele jeito. Whisky. Escondido em papel manteiga, um retrato 3X4. Pedro e o indicador colado nos lábios: silêncio. O que será que quis dizer com isso? Calado. Meio abobado, até. De novo, a água. Piscina de umas férias em Itapecerica da Serra. Não dava pé. Dinho, pescando borboletas, batendo as asas. E as boias vermelhas. Na volta, um caldo de cana na curva da estrada. Talvez seja muito, parecendo nada. Novo episódio "coisas do coração": castanholas enlaçadas. Pedro de um lado. Vanessa do outro. Não anda. Não corre. Não voa. O cordão vermelho é uma declaração de amor. E três pontinhos. O que cabe, o que fica de fora. Meu Deus! Quando Ele me perguntar o que eu vi nas coisas, vou me lembrar de tudo emoldurado. Pipoca na casa da Mena, em negativo. Cavalo chamado Fuscão. Dias de chuva. Sobre e justaposição. No final da conversa, de olho molhado, espero ter confirmada essa suspeita antiga que tenho, bonita, de que as fotos não são mudas, não.

Rodrigo Maceira
Si no puedo bailar, no es mi revolución | Dominódromo



Link da banda:
http://www.myspace.com/fotograma

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Versão imperdível da canção : Como eu quero

A música "Como eu quero" ficou conhecida através da interpretação da Paula Toller do Kid Abelha que imprimiu um tom de submissão e delicadeza  à canção. Na versão de Paula a mulher demonstra-se carente e solicita o carinho de seu amado,usando os verbos no imperativo sempre com tom de pedido.Mas para quem ouviu a verdadeira versão, cantada por Leoni tem uma outra impressão , antagônica à versão cantada por Paula. Na versão de Leoni a mulher revela-se autoritária, imperativa, dominadora e detentora das rédeas da relação.Quem ainda não viu a verdadeira  versão não pode deixar de conferir o vídeo abaixo!



 E aí qual versão  vocês preferem?

domingo, 17 de outubro de 2010

Quem você quer ver no Rock in Rio 2011?

Em 2011 o Rock in Rio promete voltar às "terras tupiniquins" e fazer barulho  na Cidade Maravilhosa depois de anos no exterior. Para estrear a primeira enquete do blog ,quero saber:Quem você quer ver no Rock in Rio 2011?



Para participar da enquete basta clicar no nome de seu artista ou banda preferida na barrra lateral ou comentar abaixo,clicando em comentários .
 Quem você gostaria que estivesse na lista?
Comente!


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre o blog


O blog Bossa Nossa Ponto Com surgiu da necessidade de desenvolver nos alunos do 3º ano (3002)do Ensino Médio do Colégio Estadual Santo Antônio de Pádua o interesse pela Música Popular Brasileira.Aqui você saberá um pouco sobre a história da MPB ,seus principais músicos e compositores e tudo mais que possa envolver esse encantador mundo da música .